PSDB enferruja Geraldo Alckmin em tempo real
Há um certo descompasso entre o programa de governo de Geraldo Alckmin e os fatos. O tópico inaugural anota: "Tolerância zero com a corrupção". Mas o PSDB não sai das manchetes policiais. Um dia depois da prisão do ex-governador do Paraná Beto Richa, a Polícia Federal fez, nesta quarta-feira, uma batida de busca e apreensão na casa do governador de Mato Grosso do Sul Reinaldo Azambuja. Os fatos dão ao tópico do programa a aparência de uma prioridade a ser executada no Mundo da Lua.
A exemplo de Alckmin, que acusa o Ministério Público paulista de puxar o seu calcanhar de vidro com propósitos eleitorais, seus correligionários também enxergam motivações subalternas na ação dos investigadores. Richa disputa uma cadeira no Senado. Azambuja pleiteia a reeleição. Atribuir os raios que caem dos inquéritos à proximidade das urnas é coisa de quem não entendeu as novidades que sacodem o país desde 2014, quando foi deflagrada a Lava Jato.
Naquele ano de 2014, o tucanato obteve nas urnas federais 51 milhões de votos com Aécio Neves. Roçou a trave. Hoje, Aécio coleciona nove processos criminais e tenta a vida como candidato a deputado. Alckmin, com quase metade do horário eleitoral à sua disposição, não consegue levantar voo. Bate nos rivais, especialmente em Jair Bolsonaro, que lhe rouba eleitores até em São Paulo. Ocupado com a desconstrução alheia, Alckmin descuida da identidade do próprio PSDB. O partido enferruja seu candidato ao Planalto em tempo real.
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