Flávio Bolsonaro descarta apoio a Renan e Maia
O senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) tratou os dois principais candidatos às presidências do Senado e da Câmara como cartas fora do baralho do governo. "Não há a menor condição de apoiar Renan Calheiros (MDB-AL) para a presidência do Senado", declarou o filho de Jair Bolsonaro. "Rodrigo Maia (DEM-RJ) já teve seu tempo à frente da Câmara, não conseguiu garantir o quórum suficiente para a votação da reforma da Previdência", acrescentou. "Novo momento do Brasil pede um presidente inédito."
As declarações foram feitas em entrevista à GloboNews, na noite desta segunda-feira. Flávio Bolsonaro soou peremptório ao afirmar que "não há condições" de apoiar nem Renan nem Maia. "Esses nomes precisam entender que estamos vivendo um novo momento. As urnas mostraram que a população quer mudanças E tanto Renan quanto Maia não contemplam essa vontade."
Eleito para o seu primeiro mandato como senador, Flávio Bolsonaro avaliou que, sem o apoio do governo do seu pai, Renan perderá força. "O que o Renan Calheiros pode estar oferecendo aos senadores para pedir o voto?", indagou. "É uma pessoa que não vai ter essa força que tinha em outros governos junto à máquina do governo federal."
Flávio Bolsonaro citou quatro nomes alternativos para presidir o Senado: Davi Alcolumbre (DEM-AP), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Alvaro Dias (Pode-PR) e Espiridião Amin (PP-SC). Deu de ombros para a regra segundo a qual cabe à maior bancada do Senado, o MDB, indicar o presidente.
Ao explicar a ojeriza por Renan, esboçou o perfil que considera ideal para o próximo presidente do Senado: "É uma pessoa ficha limpa, que conheça a Casa e que esteja alinhado com o perfil de renovação que o Brasil está pedindo".
Embora tenha sido menos expansivo na avaliação sobre a Câmara, Flávio Bolsonaro animou-se a citar como opção para o comando da Casa o deputado João Campos (PRB-GO), um pastor evangélico.
Flavio Bolsonaro não precisava dizer o que disse. Mas já que soltou a franqueza da coleira, seria aconselhável que verificasse se há candidaturas viáveis por trás do seu rugido. Do contrário, arrisca-se a virar um leão que mia como gato quando Renan e Maia, eleitos à revelia do Planalto, sentirem vontade de exercitar sua independência na organização da pauta de votações e na escolha dos relatores para medidas provisórias e projetos de interesse do novo governo.
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