Aécio está sujeito a tudo, só PSDB não faz nada
Todos os partidos abrigam pecadores, menos o PSDB. Na legenda do bico grande, todos são inocentes e todos são cúmplices. Nesta terça-feira (11), caiu uma nova chuva de canivetes sobre a reputação de Aécio Neves. Mas o tucanato, já bem retalhado, não abre mão de continuar abraçado ao seu martírio.
Munidos de autorização do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo, agentes federais deram batidas de busca e apreensão nos endereços de Aécio, da irmã Andréa Neves e do primo Frederico Pacheco. Espanto! Num inquérito que envolve outros parlamentares, apuram-se os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Pasmo!!! Aécio frequenta os autos como beneficiário de propinas de R$ 110 milhões do grupo J&F. Estupefação!!!
A notícia chega num instante em que o PSDB está mergulhado na pior crise de sua história. Aécio não é a única causa. Mas representa a face mais fluorescente do apodrecimento do ninho. Coleciona nove processos criminais. Além de sua milionária degenerescência, há os R$ 10 milhões que a Odebrecht diz ter borrifado na caixa das campanhas de Geraldo Alckmin e os R$ 23 milhões que a empreiteira de Emílio e Marcelo Odebrecht sustenta ter despejado nas arcas eleitorais de José Serra. Tudo isso e mais a cana de Eduardo Azeredo, condenado no mensalão mineiro.
Tomado pela vocação para passar a mão na cabeça de malfeitores, o PSDB ficou muito parecido com o PT. A diferença é que tem menos votos. É como se o tucanato entrasse voluntariamente numa máquina do tempo para retornar ao berço do PMDB, a legenda pegajosa da qual Franco Montoro, Mario Covas e Fernando Henrique Cardoso fugiram no ano de 1988 para fundar um partido limpinho.
Hoje, se Deus percorrer as manchetes em que Aécio Neves está novamente pendurado de ponta-cabeça e exigir do PSDB que faça uma opção entre a solidariedade ao filiado tóxico e a recuperação da imagem de decência, o tucanato dará uma resposta acachapante: "Morra a decência!"
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.