Desemprego é maior desafio da gestão Bolsonaro
O maior desafio do governo de Jair Bolsonaro, prestes a ser instalado, é feito de carne e osso. O tamanho da encrenca acaba de ser atualizado pelo IBGE. No trimestre encerrado em novembro, havia no país 12,2 milhões de brasileiros desempregados. Numa conta que inclui, além dos desempregados, as pessoas que trabalham menos do que gostariam ou simplesmente desistiram de procurar uma ocupação, o flagelo da falta de trabalho atinge a 27 milhões de patrícios.
Repetindo: há na praça quase 30 milhões de brasileiros sem uma ocupação adequada. O êxito da administração Bolsonaro será medido pela sua capacidade de apagar o incêndio fiscal que consume as contas públicas e criar o ambiente necessário para que a economia avance. E esse objetivo não será plenamente alcançado enquanto não tiver um impacto forte nas estatísticas do emprego.
Graças à ruína produzida sob Dilma Rousseff, a taxa de desemprego ultrapassou os dois dígitos em 2016. Vem caindo. Mas o ritmo de queda é lento. Há um ano, o índice de desemprego era de 12%. Agora, bateu em 11,6%. A coisa poderia estar melhor se Michel Temer, depois do impeachment, não tivesse encostado seu governo na lama. Encrencado, Temer teve de trocar a reforma da Previdência pelo congelamento de denúncias criminais na Câmara.
A boa notícia é que o economista Paulo Guedes, ministro da Economia de Bolsonaro, não ignora as dimensões do problema. A má notícia é que, mesmo se o novo governo apertar todos os botões certos no painel econômico, o mercado de trabalho será o último a reagir. Resta torcer para que Deus seja realmente brasileiro. Se for, ele não ousará aparecer para os desocupados em outra forma que não seja a de belas oportunidades de trabalho.
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