À procura de líderes, Planalto olha para o MDB
Na fase de transição entre a eleição e a posse, Jair Bolsonaro disse que eliminaria a promiscuidade política do toma-lá-dá-cá governando com as bancadas temáticas do Congresso. Premiou com ministérios bancadas como as da saúde e a agricultura. Bastou uma semana de funcionamento do Congresso para acabar com a fantasia. O Planalto está à procura de líderes capazes de ajudar na formação de uma base congressual. Encabeçam a lista de opções nomes do bom e velho MDB.
Antes de ser hospitalizado, Bolsonaro nomeou um deputado novato, o major Vitor Hugo, do seu PSL, para ocupar o estratégico posto de líder do governo na Câmara. Deu chabu. Os partidos do chamado centrão, torceram o nariz. Passaram a ignorar o personagem. Desligaram o major da tomada. Numa tentativa de reduzir os danos, o Planalto corre para indicar um líder para as sessões conjuntas do Congresso e outro para o Senado. Olha para dentro do MDB.
Para o Congresso, cogita-se indicar o deputado Alceu Moreira, do MDB gaúcho. Parece coerente, pois ele preside a bancada pluripartidária da agricultura. Mas já teve a oportunidade de se manifestar sobre os planos de Bolsonaro de escorar o governo nas bancadas temáticas. Declarou o seguinte: "Quem disser que sabe qual é o resultado que esse novo modelo produzirá, de duas uma: ou é adivinho ou está mentindo".
Para a liderança do governo no Senado, cogita-se indicar o senador Fernando Bezerra, do MDB de Pernambuco. Não é propriamente uma cara nova. Trata-se de um ex-ministro de Dilma Rousseff. Quer dizer: aos pouquinhos o governo do capitão vai domando o seu viés militar. Num quartel, o oficial manda fazer e ponto final. No Congresso, o governo expõe seu ponto de vista e é contraditado. Às vezes, quem contradita é estúpido. Ou pior: é ladrão. Mas não se pode perder de vista um detalhe: no Congresso, manda quem tem maioria.
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