Planalto carnavaliza o calendário da Previdência
Eis a grande dúvida: quando, afinal, o Planalto enviará a proposta de reforma da Previdência para o Congresso? Nas últimas duas semanas, o governo condicionava a remessa à alta hospitalar de Jair Bolsonaro. Ninguém senão o presidente poderia deliberar sobre questões como a fixação da idade mínima para a aposentadoria. O retorno de Bolsonaro à capital estimulara a suposição de que a remessa da proposta poderia ocorrer antes do final de semana. Coube ao ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) jogar água na fervura.
"O presidente já viu mais de uma vez o que deixamos com ele. Nós vamos conversar ao longo do final de semana. Eu acho que antes do Carnaval deve estar lá", declarou Lorenzoni, empurrando o desfecho da novela para o início de março. Sim, a equipe econômica trabalhava com a perspectiva de que o parto ocorreria na próxima semana. Isso só vai acontecer se o presidente considerar que o tema está "maduro", disse Onyx, antes de avisar: "Não é obrigatório que seja na semana que vem."
Para o ministro Paulo Guedes (Economia) e sua equipe o tempo já não existe, só existe o passar do tempo. A despeito disso, Onyx passa a impressão de que ainda há espaço para matar o tempo, encostando a largada da reforma na abertura do Carnaval. Carnavalizou-se o calendário da reforma. O aliado
Rodrigo Maia acena com a hipótese de aprovação da mexida previdenciária na Câmara até meados de maio. Será? Como garantir o cumprimento de tal prazo se o governo não consegue se entender nem quanto ao ajuste dos ponteiros do relógio?
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