Medo retarda projeto da Previdência dos militares
Para um governo que é presidido por um capitão do Exército e tem oito generais no ministério, enviar a reforma da Previdência sem tratar da aposentadoria dos militares foi um erro primário. Alegou-se que o projeto passa por ajustes e será enviado em um mês. Meia-verdade. Deve-se a protelação sobretudo ao medo dos militares de que sua proposta seja votada em primeiro lugar, sem nenhuma garantia de aprovação do resto da reforma. Informado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, oferece ao governo uma vacina capaz de tranquilizar os militares.
O pavor da banda fardada do funcionalismo não é gratuito, pois as mudanças nas regras da aposentadoria dos militares constarão de um projeto de lei, enquanto que o resto da reforma foi acomodado numa proposta de emenda à Constituição. O projeto pode ser aprovado por maioria simples, numa sessão com a presença de no mínimo 257 deputados. A emenda à Constituição exige pelo menos 308 votos, em dois turnos de votação.
Criou-se um impasse: os militares condicionam o envio do seu projeto ao avanço da tramitação da emenda constitucional. E os deputados ameaçam travar a emenda enquanto a projeto não chegar. Num esforço para dissolver o impasse, apurou o blog, Rodrigo Maia oferece ao governo um antídoto contra o medo. Assume o compromisso de só colocar o projeto dos militares em votação depois que for aprovada a emenda constitucional.
Como presidente da Câmara, Maia tem o poder de elaborar a pauta de votações do plenário. Munido da oferta do deputado, o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) tenta tranquilizar os militares, abreviando o envio do projeto.
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