Mesmo poupando R$ 1 tri é possível tirar trabalhador rural e BPC da reforma
O ministro Paulo Guedes (Economia) reiterou que não abre mão de extrair da reforma da Previdência uma economia de pelo menos R$ 1 trilhão num intervalo de dez anos. Autoridades envolvidas na negociação do texto debruçaram-se sobre a máquina de calcular. Verificaram, segundo apurou o blog, que o piso fixado por Guedes não impede que sejam atenuados ou até retirados da reforma dois tópicos que a tornaram venenosa aos olhos de deputados e senadores: aposentadoria rural e Benefício de Prestação Continuada, o BPC.
Para os trabalhadores rurais, a proposta do governo impõe a mesma idade mínima de aposentadoria para homens e mulheres: 60 anos. E fixa em R$ 600 por ano o piso de contribuição para pequenos agricultores. No BPC, o governo torceu o braço de idosos e deficientes pobres. Em vez de pagar o salário mínimo de R$ 998 a partir dos 65 anos, propôs o pagamento de R$ 400 a partir dos 60. Apenas quem conseguisse chegar aos 70 anos receberia o salário mínimo.
Na noite de terça-feira, em reunião com líderes de 19 partidos, Jair Bolsonaro mostrara-se propenso a negociar os dois tópicos. O parâmetro de Paulo Guedes, reiterado em almoço com os presidentes da Câmara e do Senado —Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre— soou como uma meia-volta. Entretanto, os líderes estão sendo gradativamente informados de que a poupança desejada pelo Posto Ipiranga de Bolsonaro não impede os ajustes nos dois tópicos que mais inquietam os parlamentares. O problema vai começar quando vierem as emendas propondo a flexibilização de outros pontos da reforma.
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