PSDB vira um suco que Doria bebe de canudinho
Esmagado por ações penais, denúncias, inquéritos e delações, o PSDB virou suco no contexto da liquefação do sistema político brasileiro. A notícia de que a empresa administradora dos pedágios no Paraná entregava malas de dinheiro no palácio habitado pelo tucano Beto Richa é mais do mesmo. Insere-se num ambiente de decrepitude que fez do ex-partido da ética um antro de perversão tão execrável quanto as legendas que o tucanato especializou-se em atacar.
Os termos do acordo firmado pela Rodonorte com a Lava Jato dão uma ideia dos prejuízos que o bico grande do tucanato impôs aos brasileiros que vivem no Paraná. A confissão vem acompanhada de um acordo que resultará em queda no preço dos pedágios (R$ 350 milhões), conclusão de benfeitorias sonegadas aos usuários (R$ 365 milhões) e multas (R$ 750 milhões).
A Rodonorte pertence ao Grupo CCR, o mesmo que confessara o pagamento de pedágios ao PSDB de São Paulo, ninho de Geraldo Alckmin. Engrossam o caldo de degenerescência a avalanche criminal que encosta o operador Paulo Preto em Aloysio Nunes e José Serra, a condenação e o encarceramento de Eduardo Azeredo, os nove processos contra Aécio Neves e a onda de lodo que engolfa o ex-governador goiano Marconi Perillo.
Longe dos refletores, o governador tucano de São Paulo, João Doria, trata a liquefação do grão-tucanato como uma oportunidade política. Cria de Alckmin, Doria se equipa para jogar o criador ao mar em maio. De olho em 2022, Doria articula a saída do seu padrinho político da presidência do PSDB. Acomodará no lugar de Alckmin um aliado pernambucano: Bruno Araújo, ex-ministro de Michel Temer. Sem alarde, Doria sorve a estrutura do PSDB aos poucos, de canudinho.
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