Rompe-se barragem de rejeitos da mina de Temer
Depois que o grampo do Jaburu lhe caiu sobre a cabeça, Michel Temer construiu na Câmara, às custas do déficit público, uma barragem para conter os rejeitos de sua mina. Durante um ano e sete meses, reviveu o mito do garoto holandez tentando evitar, com os dedos, que a barragem vazasse. Fora do Planalto, Temer vive a sua Brumadinho particular. Ficou preso quatro dias. Solto na segunda-feira, virou réu na quinta, no caso da mala de R$ 500 mil. Nesta sexta, Temer foi denunciado duas vezes no caso da roubalheira nas obras da usina nuclear de Angra 3.
A lama jorra sobre a biografia de Temer em catadupas. Os detritos radioativos vazam de um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez processos judiciais. Repetindo: o primeiro presidente da história a ser denunciado criminalmente um par de vezes ainda no exercício do cargo responde agora a uma dezena de processos. Antigos aliados de Temer avaliam que não há a menor chance de ele sair politicamente vivo do desastre moral que o atinge.
No Poder, Temer costumava dizer que a história reconheceria os avanços do seu governo, sobretudo na área econômica. Fora da Presidência, o personagem começa a se dar conta de que sua posteridade estava sendo construída na Polícia Federal, não no Ministério da Fazenda. A posteridade tornou-se um lugar insuportavelmente insalubre para Temer e seus ex-colaboradores. Coisa muito parecida com o inferno.
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