Diálogo de Bolsonaro com centrão pede luz acesa
A política se desenvolve em duas dimensões. Numa, as discussões ocorrem na arena pública, sob a luz do Sol. Noutra, os interesses são trançados no escurinho. Até outro dia, Executivo e Legislativo brigavam no centro do palco. Líderes da desavença, Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia perceberam que o arranca-rabo não levaria a lugar nenhum. De repente, apagaram-se as luzes. E os atores discutem a relação longe dos refletores. É nessa hora que você precisa abrir o olho.
No gogó, os ânimos estão serenados. Maia e Bolsonaro ainda não se encontraram. Mas já não trocam caneladas. Sergio Moro, que estava abespinhado com o presidente da Câmara, já se acertou com ele. O ministro Paulo Guedes, que fugira da Comissão de Justiça da Câmara com receio das balas perdidas, já esteve no Congresso um par de vezes.
A atmosfera de concórdia pode ser mantida ou não. Tudo dependerá dos acertos que estão sendo costurados longe dos refletores. De repente, o Planalto estendeu o tapete vermelho para os partidos do centrão e legendas assemelhadas. Nesta quinta-feira, de volta de Israel, Jair Bolsonaro receberá em encontros separados os dirigentes das legendas que, nas palavras dele, representam a velha política.
É tudo muito lindo e necessário. Sem fazer política, o Executivo não sai do lugar. E o Legislativo não é senão uma invenção das sociedades modernas para resolver os seus conflitos sem recorrer à violência. Dito isso, é preciso responder duas perguntas simples: O que a turma do centrão deseja tomar para entregar ao governo a reforma da Previdência? O que Jair Bolsonaro se dispõe a dar? Para elucidar essas dúvidas, a primeira providência é acender a luz.
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