Coaf: Ao prestigiar Moro, Planalto desafia centrão
O ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) pediu ao líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE) que mantenha o Coaf na estrutura do Ministério da Justiça. E Bezerra, que negociava com os partidos do Centrão a devolução do órgão que fiscaliza movimentações bancárias para a pasta da Economia, recuou. Mas avisou: para manter o Coaf sob as ordens de Sergio Moro, é preciso obter votos no Legislativo.
Relator da medida provisória editada por Jair Bolsonaro para reduzir o número de ministérios a 22 e redesenhar a estrutura do governo, Bezerra seguirá a voz de comando do Planalto. No seu relatório, o Coaf será mantido no organograma da Justiça. Líder do PP na Câmara, o deputado Arthur Lira (AL), uma das principais vozes do centrão, vem dizendo desde a semana passada que a volta do Coaf para a pasta da Economia é jogo jogado, queira o Planalto ou não.
Agora, é preciso saber que tipo de jogo deseja fazer Jair Bolsonaro. Eis a interrogação a ser respondida: o presidente fará apenas jogo de cena para acalmar Sergio Moro ou pegará em lanças pelos votos? A briga terá três rounds. Um na votação da comissão especial em que Bezerra faz o papel de relator. Outro no plenário da Câmara. Um terceiro no plenário do Senado.
Sempre que deseja fustigar o governo Bolsonaro no Congresso, o centrão junta-se à oposição, tornando-se majoritário. No caso do Coaf, essa aliança está esboçada. Para desfazê-la, o Planalto terá de encostar a cintura no balcão. Ou seja: dependendo do resutado das votações, será preciso saber quanto custou a manutenção do órgão na pasta de Sergio Moro.
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