Sem imunidades, Temer sofre goleada na Justiça
No trono, Michel Temer driblava denúncias criminais servindo-se das imunidades do cargo de presidente. Destronado, Temer leva uma goleada na Justiça. Denunciado meia dúzia de vezes, foi convertido em réu nos seis processos. Pessimistas, aliados do ex-presidente avaliam que ele deve se livrar de várias imputações. Mas receiam que sairá da tormenta com alguma condenação.
Na ação penal mais recente, inaugurada nesta segunda-feira pelo juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal de Brasília, Temer responderá sozinho pela acusação de obstrução de Justiça. Na imputação de formação de organização criminosa, terá a companhia no banco dos réus dos amigos e ex-ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco.
Responsável pela defesa de Temer, o advogado Eduardo Carnelós declarou que as acusações decorrem de acordos de delação celebrados pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot com "notórios e confessos criminosos". Verdade. Mas esse tipo de acordo não costuma ser celebrado com madres superioras. A pergunta é: por que Temer recebeu o criminoso Joesley Batista à noite, no subsolo do Jaburu?
De resto, não há defesa capaz de apagar as vozes que soam no grampo do Jaburu. Alguns trechos escoram a acusação de obstrução de Justiça. Por exemplo: quando Joesley insinua que remunerava o silêncio do presidiário Eduardo Cunha, Temer estimula: "Tem que manter isso, viu?"
Afora a ação penal aberta nesta segunda, Temer frequenta o banco dos réus noutras duas ações em Brasília, uma em São Paulo e duas no Rio de Janeiro. Já passou quatro dias na prisão, tornando-se o segundo ex-presidente da história a hospedar-se no sistema prisional. Confirmando-se os receios dos aliados, logo fará companhia a Lula na galeria dos condenados.
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