Onyx oscila entre o otimismo e o mundo da lua
A quebra dos sigilos bancário e fiscal do senador Flávio Bolsonaro deixou Onyx Lorenzoni desnorteado. O ministro tem dificuldades para se situar. Oscila entre o otimismo exacerbado e o mundo da lua. Ambas as posições parecem inadequadas para um chefe da Casa Civil.
Quando está com a cabeça enfiada no otimismo, à moda do avestruz, Onyx acredita que o caso que envolve o Zero Um "de jeito nenhum" afetará a imagem do governo de Jair Bolsonaro. Sustenta que a encrenca será "resolvida dentro do processo". E declara que "nós temos total confiança no Flávio."
Quando vai para o mundo da lua, o ministro sustenta que "o governo está conduzindo o seu trabalho", avalia que ainda há chance de manter o Coaf nas mãos de Sergio Moro e assegura que que a medida provisória que reestruturou os ministérios não corre perigo no Congresso —"risco zero", declarou.
No mundo real, a oxidação da biografia de Flávio Bolsonaro enferruja a fachada ética do Planalto. O governo não conduz, é conduzido pelas circunstâncias. O Coaf continua distante do organograma da pasta da Justiça. E a medida provisória que reestruturou os ministérios migrou da pauta de votações da semana para cima do telhado.
Há algo de melancólico nesta perambulação de Onyx entre o otimismo e o mundo da lua. O chefe da Casa Civil comporta-se como um sujeito que salta do décimo andar e, ao passar pelo sétimo, celebra: "Até aqui, tudo bem."
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