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Josias de Souza

Moro faz defesa acanhada do decreto das armas

Josias de Souza

27/05/2019 18h25

Sempre que é obrigado a falar sobre o decreto baixado por Jair Bolsonaro para flexibilizar a distribuição de portes de armas, o ministro Sergio Moro parece envergonhado. É como se enxergasse no decreto uma construção frágil da qual não participou.

O Supremo Tribunal Federal requisitou a manifestação de Moro. O ministro defendeu a legalidade do decreto. Mas o texto que traz a sua rubrica contém frases que embutem saídas de emergência.

O documento anota a certa altura que o texto do decreto "foi elaborado principalmente no Palácio do Planalto, tendo, portanto, maior relevância as informações prestadas diretamente pela Advocacia-Geral da União do que as prestadas por este ministério."

Foi como se o ex-juiz da Lava Jato suplicasse à Suprema Corte: "Me inclua fora dessa."

Sobre o autor

Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.

Sobre o blog

A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.