Colaboração da Odebrecht vira esconde-esconde
Um cheiro de marmelo exala do acordo de colaboração da Odebrecht. Aquilo que deveria ser um jogo aberto está virando brincadeira de esconde-esconde. Marcelo Odebrecht, o príncipe da companhia, levou à frigideira a Braskem, joia petroquímica do grupo, e um par de executivos. Acusa-os de mentir para a Lava Jato.
De acordo com e-mails de Marcelo Odebrecht revelados pela Folha, mantiveram-se sob o tapete, entre outras sujeiras, um caixa 3 destinado ao PT e propinas a dirigentes do MDB. Marcelo deu nome aos "mentirosos": o cunhado Maurício Ferro, que integrou a diretoria financeira da Braskem e da Odebrecht; e Newton de Souza, que presidiu a Odebrecht quando Marcelo foi preso em 2015.
Em situações assim, não parece haver meio-termo. Ou a Procuradoria toma providências ou se desmoraliza. A delação premiada revelou-se uma arma poderosa contra malfeitores. Não fica bem permitir que o instituto seja colocado a serviço dos interesses da gatunagem. A própria lei traz o antídoto contra esse veneno: anulam-se benefícios, agravam-se castigos e aproveitam-se as provas fornecidas pelos delatores. Fora disso, é a esculhambação.
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