Capitão faz do Planalto puxadinho do DOI-Codi
Jair Bolsonaro voltou a qualificar de herói o torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra. É preciso respeitar pelo menos a historiografia. O coronel Brilhante Ustra comandou o DOI-Codi de São Paulo entre 1970 e 1974. Nesse período foram esquadrinhadas e desmontadas as principais organizações esquerdistas envolvidas com a luta armada. Houve algo como 500 denúncias de torturas praticadas no pedaço do porão controlado pelo "herói". Há condenação.
Em 2013, muito a contragosto, Ustra prestou depoimento à Comissão da Verdade. Ele mais calou do que declarou. Mas teve a oportunidade de afirmar a certa altura: "Quem deveria estar aqui é o Exército brasileiro. Não eu". Foi como se o torturador declarasse, com outras palavras: "Eu cumpria ordens". Esses são os fatos.
Ao chamar Ustra de herói na sessão em que a Câmara abriu processo de impeachment contra Dilma Rousseff, Bolsonaro revelou-se um parlamentar de opinião lamentável. Ao reiterar o elogio com a faixa de presidente no peito, o capitão Bolsonaro transforma o Palácio do Planalto num puxadinho do DOI-Codi. Isso não pode ser tratado como algo normal.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.