Prisão de Eike se mistura ao cheiro de orégano
Considerado pelos católicos como o padroeiro dos desesperados, São Judas Tadeu deve ter inspirado o evangélico Marcelo Bretas na decisão de prender novamente Eike Batista. O retorno de Eike à cadeia não resolve as aflições do núcleo curitibano da Lava Jato. Mas alivia a alma da plateia ao sinalizar que o maior esforço anticorrupção já realizado no país ainda respira.
Mecenas do larápio Sérgio Cabral e sua quadrilha, Eike virou freguês de caderneta da Lava Jato. Em 2017, amargou dois meses de cana. Libertado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo, recorria em liberdade contra uma condenação de 30 anos de prisão. São grandes as chances de que ganhe o meio-fio rapidamente. Mas o retorno à hospedaria de Bangu, ainda que breve, será ótimo enquanto dure.
A iniciativa de Bretas, que determinou também o bloqueio de bens de Eike e seus filhos até o limite de R$ 1,6 bilhão, chega num instante delicado. Um momento em que o conta-gotas que pinga mensagens tóxicas sobre as reputações do ex-magistrado Sergio Moro e dos procuradores da força-tarefa de Curitiba, especialmente Deltan Dallagnol, deixa assanhados os delinquentes.
Larápios graúdos voltaram a sonhar com uma grande pizza. Em meio ao cheiro de orégano, a nova passagem de Eike por Bangu serve para lembrar ao país que o gavetão da corrupção, ainda abarrotado, não pode acabar num forno.
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