‘Lei do Abuso’ se mistura à embaixada nos EUA
A aprovação da nova Lei de Abuso de Autoridade fez nascer em Brasília um estranho movimento. Alguns líderes partidários começaram a manifestar preocupação com o emprego de embaixador que Jair Bolsonaro deseja conceder ao filho Zero Três em Washington. A súbita apreensão dos parlamentares é transmitida ao Planalto.
Líderes partidários se oferecem para ajudar na aprovação do nome de Eduardo Bolsonaro no Senado. Esse movimento traz no fim da linha algo muito parecido com uma chantagem. Ou, numa versão mais educada, uma ameaça: "Presidente, sancione as novas regras para emparedar investigadores, procuradores e juízes, senão a nomeação do seu filho morre na praia".
Habituado a jogar no ataque, Bolsonaro foi empurrado para uma posição defensiva. Ele agora precisa dosar seus gestos conforme a conveniência dos seus interesses. O custo da filhocracia vai ficando mais caro. A conta ainda pode incluir a carbonização do que resta da imagem de Sergio Moro.
Quando era juiz, Moro pegou em lanças contra a lei de abuso de autoridades. Como ministro, pretende solicitar o veto de algo como 11 pontos da lei aprovada na Câmara. Resta saber quem Bolsonaro vai prestigiar: Moro ou os antigos alvos do ex-juiz? Nos últimos dias, Brasília vive um daqueles momentos em que há de tudo nos bastidores, menos interesse público.
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