Maia e Bolsonaro ensaiam uma disputa ambiental
Uma boa notícia, afinal: nos últimos dez dias não houve nenhum aumento da confusão na área ambiental. Continua nos mesmos 100%. Mas convém evitar celebrações. Surgiu em Brasília a perspectiva de uma nova encrenca.
Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia ensaiam uma coreografia com potencial para virar uma disputa de egos. O presidente da República prepara um pacote amazônico. O da Câmara se equipa para levar ao plenário uma pauta de projetos ambientais.
O embrulho de Bolsonaro mistura iniciativas novas e ideias antigas. Uma das medidas novas teve o anúncio antecipado para esta quarta-feira: um decreto proibindo as queimadas. Veio bem, mas chegou tarde. As ideias antigas nem deveriam chegar —vão da legalização de terras públicas griladas à exploração agropecuária de terras indígenas.
Em conversas com líderes partidários, Maia revelou a intenção de colocar em pé uma pauta sem pesticidas. Deseja-se evitar propostas que causem danos adicionais à imagem do Brasil no estrangeiro. Se pudesse, Maia não buliria, por exemplo, com os índios. Mas ele terá de negociar suas vontades com os desejos dos deputados governistas, oposicionistas e do centrão.
Bolsonaro já atiça a banda arcaica da Câmara. Gente que observa a floresta com os olhos no retrovisor. É como se Bolsonaro desejasse ressuscitar um slogan criado pela ditadura para exorcizar o fantasma da internacionalização da Amazônia: "Integrar para não entregar".
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