Crivella confunde a prefeitura do Rio com púlpito
Escandalizado com um beijo gay, o prefeito carioca Marcelo Crivella mandou apreender a história em quadrinhos "Vingadores – A Cruzada das Crianças", na Bienal do Livro do Rio de Janeiro. A decisão foi um erro, uma ilegalidade e uma burrice.
A ordem de Crivella foi errada porque o prefeito não é juiz.
A determinação foi ilegal porque: 1) A união homoafetiva é formalmente aceita no país desde 2011; 2) A homofobia foi equiparada ao crime de racismo neste ano de 2019; 3) A censura é uma prática anticonstitucional.
A resolução do prefeito foi burra porque catapultou as vendas da publicação que ele desejava banir da Bienal. Em visita à feira de livros, os fiscais da prefeitura frustraram-se. Encontraram apenas, veja você, livros!
Crivella confunde a prefeitura com um púlpito. A confusão vem desde a posse, quando passou a discriminar o Carnaval.
Foi por livre e espontânea vontade que o pastor licenciado da igreja Universal concorreu ao carnavalesco ofício de prefeito do Éden mundial da fantasia. Eleito, passou a fugir do sacerdócio dos foliões. Agora, discrimina quem tem direito ao respeito do "poder" público.
Se Deus tiver que aparecer para Crivella nesta sexta-feira, não se atreverá a surgir em outra forma que não seja a de uma Constituição Federal.
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