Câmara dedica-se agora a uma pauta ‘pilântrica’
Depois de elevar a própria estatura no debate e aprovação da reforma da Previdência, os deputados submetem-se a um processo de autoencolhimento. Foi como uma Casa de pequenas criaturas que Câmara os aprovou dias atrás a lei de abuso de autoridade, parcialmente vetada por Jair Bolsonaro. É como anões políticos os deputados discutem agora a aprovação de um escudo. Coisa capaz de impedir juízes de primeira instância de molestar malfeitores da política.
O que está em debate agora é uma proposta de emenda constitucional que reduz o tamanho da marquise do foro privilegiado. Continuariam sob a lage do privilégio apenas os presidentes dos três poderes e o vice-presidente da República. O resto desceria para o mármore quente da primeira instância. Essa novidade já foi aprovada no Senado.
Pois bem, os deputados tramam injetar na proposta um lote de penduricalhos. Querem proibir juízes de primeiro grau de adotar contra os réus graúdos uma série de providências. Não poderão determinar a quebra de sigilos bancários, fiscal e telefônico. Nada de batidas de busca e apreensão. Prender, nem pensar.
A coisa passaria a funcionar assim: A corrupção continua tomando o atalho, entrando pelos fundos e encontrando a porta aberta. O juiz teria todo o poder para punir o corrupto. Mas passaria a operar de joelhos, com as mãos amarradas e com uma venda nos olhos.
Depois de se ocupar da agenda econômica, a Câmara volta ao normal, retomando a tramitação da velha pauta pilântrica.
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