Descontrole de Carluxo ocorre sob controle do pai
Todas as autoridades acomodadas na linha de sucessão da Presidência da República admoestaram Carlos Bolsonaro por sua postagem antidemocrática. Presidente em exercício, o general Hamilton Mourão declarou que a democracia é "fundamental". O presidente do Senado Davi Alcolumbre expressou o seu "desprezo". Para o mandachuva da Câmara, Rodrigo Maia, a manifestação de Carluxo produz "insegurança". E quanto a Jair Bolsonaro? Zzzzzzzzzz!
Bem, o pai do cavaleiro do Apocalipse do Twitter se absteve de admoestar o filho pelo post segundo o qual "por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos". Jair Bolsonaro tampouco animou-se a comentar a tentativa de Carluxo de atribuir a péssima repercussão de sua teroria à má-fé da imprensa. Chamou os jornalistas de "canalhas".
Questionado sobre a reação do presidente, o general Otávio Rêgo Barros, porta-voz do Planalto, disse que, para Bolsonaro, postagens feitas nas redes sociais são de responsabilidade dos seus autores. Para desassossego geral, ficou entendido que o descontrole do filho Zero Dois acontece sob absoluto controle do pai-presidente.
Foi assim também quando Carluxo empurrou para fora da secretaria-geral da Presidência o então ministro Gustavio Bebianno. Deu-se a mesma coisa quando o personagem se juntou ao polemista de estimação da família, Olavo de Carvalho, para fustigar o vice-presidente Hamilton Mourão e expurgar da Secretaria de Governo o general Santos Cruz.
Bolsonaro não seria o Jair que todos conhecem se admoestasse o filho pelas palavas de timbre golpista dias depois de ter elogiado o ditador chileno Augusto Pinochet.
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