Economia prevalece sobre política na Petrobras
A decisão da Petrobras de reajustar os preços da gasolina e do diesel nas pegadas dos ataques às instalações petrolíferas da Arábia Saudita elimina dois mistérios que angustiavam o mercado. Ficou entendido que a estatal manterá sua política de repassar para os preços a variação da cotação do óleo no exterior. Com isso, descobriu-se também que as pulsões intervencionistas de Jair Bolsonaro foram momentaneamente domadas. Houve alívio generalizado.
Na segunda-feira, Bolsonaro apressara-se em dizer que os preços dos combustíveis seriam mantidos. Horas depois, a Petrobras ecoaria o presidente numa nota oficial. Na terça, o ministro Paulo Guedes (Economia) fugiu do assédio dos jornalistas. Questionado, limitou-se a balbuciar uma frase: "Petróleo quem resolve é a Petrobras." Num instante em que espalhava-se o vírus da desconfiança, sobrevieram os reajustes de 3,5% para a gasolina e 4,2% para o diesel.
O fato de o interesse econômico da Petrobras ter prevalecido sobre a conveniência política de Bolsonaro é especialmente relevante nesse instante. A Petrobras colocou a venda oito de suas refinarias. O objetivo da estatal, obviamente, é o de obter o melhor preço. E o interesse por essas refinarias tenderia a sumir se a autonomia na fixação dos preços fosse substituída pela volta do modelo de controle artificial da tabela dos combustíveis.
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