Senado trava repasse de R$ 3 bi para deputados
Em sessão que entrou pela noite de terça-feira, o Congresso escancarou diante das câmeras uma cisão que envenena a atividade legislativa. Envolve o pagamento de emendas enfiadas pelos parlamentares dentro do Orçamento da União.
A sessão era conjunta, com deputados e senadores. Após quase oito horas de debate, foi a voto proposta do Planalto que destina R$ 3 bilhões ao pagamento de emendas de deputados que ajudaram a aprovar a reforma da Previdência.
A coisa passou com folga na Câmara: 270 votos a 17. No Senado, verificou-se que o total de votos disponíveis, 37, era inferior ao quórum mínimo necessário: 41. Os senadores boicotaram deliberadamente a sessão, esvaziando-a.
Por quê? Os senadores exigem que o Planalto envie proposta destinando algo com R$ 5 bilhões para o pagamento das suas emendas. Do contrário, nada feito. E a reforma previdenciária? Veja bem…
Estimava-se que seria votada na primeira semana de outubro. Ficou para o final da primeira quinzena. Nesta terça, foi empurrada para o dia 22, que cai numa outra terça-feira. Imagina-se que até lá o governo enco
ntre um dinheiro indisponível.
Aos pouquinhos, vai ficando claro que o problema do Brasil não é o esquerdismo retrógrado nem o direitismo arcaico. O grande problema continua sendo o dinheirismo. Em tese, o pagamento das emendas agora é obrigatório. Mas o governo, com os cofres em ruínas, administra sua penúria.
– Atualização feita às 13h32 desta quarta-feira (09/10): Em nova sessão do Congresso, os senadores concluíram a votação iniciada pelos deputados na véspera. Após negociação que envolveu representantes do governo, o projeto que abre crédito suplementar de R$ 3 bilhões foi aprovado também no Senado.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.