Capitão vive com a China a fase da caída em sí
Jair Bolsonaro vive em relação à China a fase da caída em si. Em outubro de 2018, ainda candidato à Presidência, Bolsonaro disse: "A China não compra no Brasil. A china está comprando o Brasil." Cinco meses depois, já com a faixa de presidente no peito, Bolsonaro participou de uma aula magna para formandos do Itamaraty. E assistiu sem reação ao discurso em que o chanceler Ernesto Araújo deseducou os novos diplomatas afirmando que o Brasil não iria "vender sua alma" para "exportar minério de ferro e soja" para a China comunista.
Hoje, o Brasil de Bolsonaro roga aos chineses que comprem não a alma brasileira, mas as estatais, os aeroportos, as ferrovias, os portos e toda sorte de empreendimentos de infraestrutura. Há algo como 200 projetos sobre a mesa. Dias atrás, o Brasil mendigava uma participação mixuruca de estatais chinesas em leilões de petróleo dos quais as grandes petroleiras do mundo preferiram se abster.
Quanto à soja e ao minério de ferro, commodities mencionadas na antiaula do suposto chanceler Araújo, não resta ao Brasil senão agradecer à China por continuar comprando, porque é só o que o Brasil tem a oferecer. Soja, petróleo e minério respondem por 70% de toda a pauta de exportação a para a China, maior parceiro comecial do Brasil há dez anos. Vendemos produtos básicos e compramos dos chineses manufaturados. Coisas como plataformas de exploração de petróleo, motores, geradores, circuitos de telefonia e um interminável etcétera.
Agora, o ministro da ecomomia, Paulo Guedes bate bumbo em torno de uma zona de livre comércio com a China. Não se sabe se virá. Mas é alvissareiro notar a revolução no comportamento do governo em relação à China. Resta torcer para que não haja reviravolta, porque certos cérebros do governo começam a funcionar quando acordam e param no instante em que encontram a ideologia ou enxergam uma foto do Donald Trump.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.