Tesoureiro do PT permanece em cargo de Itaipu
Investigado na Operação Lava Jato sob a suspeita de receber propinas provenientes do esquema mantido por empreiteiras na Petrobras, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, se mantém na poltrona de conselheiro de Itaipu Binacional. Na reta final da campanha eleitoral, ele havia sinalizado a intenção de se afastar da estatal, para não constranger Dilma Rousseff. Mas o nome do constrangimento permanece escrito no organograma do Conselho de Administração de Itaipu (veja abaixo fotografia tirada na tarde desta segunda-feira, 17).
Em depoimentos à Polícia Federal, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa apontou Vaccari como operador do PT nas transações corruptas da Petrobras. Na semana passada, o juiz Sérgio Moro, responsável pela operação Lava Jato, autorizou a "condução coercitiva" da cunhada de Vaccari, Marice Corrêa Lima, para prestart depoimento. Mensagem eletrônica interceptada pela PF indica que um representante da construtora OAS mandou entregar R$ 110 mil a Marice, em dezembro de 2013, num apartamento do bairro paulistano de Bela Vista.
Sinecura cobiçada, a posição de conselheiro em Itaipu exige pouco trabalho (uma reunião a cada dois meses) e rende remuneração mensal na casa dos R$ 20 mil. Vaccari alçou a posição por indicação de Lula, em 2003, quando Dilma Rousseff era ministra de Minas e Energia. Desde o último mês de maio, o tesoureiro do PT ganhou a companhia do ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), que substituiu no conselho de Itaipu o ex-ministro Roberto Amaral, do PSB.
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