Ajuste fiscal: Dilma afaga PT e aborrece PMDB
Impopular e politicamente debilitada, Dilma Rousseff tem dificuldades cada vez maiores para administrar o condomínio governista. No seu último lance, a presidente acalmou o PT. Fez isso acenando com a hipótese de suavizar as propostas que restringem a concessão de pensão por morte, auxílio doença, seguro-desemprego e do abono salarial. O PMDB recebeu a novidade com o nariz torcido.
O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), vice-líder da legenda, traduziu o desconforto: "Todos os partidos da base do governo reclamam do conteúdo do ajuste fiscal. Se acha que é possível flexibilizar as regras, a presidente deveria fazer o anúncio numa reunião suprapartidária, não apenas para o seu partido. Agora, o PT pode fazer média com os trabalhadores dizendo que conseguiu melhorar o ajuste. Quanto ao PMDB, vão dizer que apoia porque recebeu ou vai receber mais ministérios. Para o PT, o bônus. Para o resto, o ônus."
Se o condomínio partidário pró-Dilma fosse um edifício, a maioria dos habitantes reclamaria das falhas na distribuição dos benefícios da vida comunitária, favorecendo o andar metafórico dos petistas e martirizando os andares dos aliados. Tudo devido ao que os condôminos chamam de incompetência política da síndica.
– Atualização feita às 15h11 desta terça-feira: Em meio ao princípio de sururu, o ministro Aloizio Mercadante, da Casa Civil, negou que Dilma pretenda atenuar o ajuste enviado ao Congresso.
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