Excesso de lama desafia a paciência nacional
A volta das ruas para casa indica que as mazelas do Brasil, por ininterruptas, produziram uma espécie de vacina contra o saco cheio dos brasileiros. Cada novo infortúnio reforça os anticorpos que protegem a sensatez nacional, convertendo indignação em resignação. Difícil sobreviver em meio ao caos sem algum tipo de imunização. O problema são os germes desconhecidos, que desafiam a paciência e as defesas do organismo.
A devastação produzida pela lama que vazou no rompimento da barragem de Mariana (MG), empurrou o brasileiro para o território do inimaginável. A plateia estava imunizada contra a lama metafórica da Lava Jato e os resíduos tóxicos da estagflação. Mas não estava preparada para a lama literal que atravessou Minas, invadiu o Espírito Santo e foi dar no mar, arrastando um magma de morte, descaso ambiental, inépcia estatal e irresponsabilidade empresarial. Será difícil achar uma vacina capaz de transformar isso tudo em algo banal.
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