MPF reabre o inquérito sobre os caças Gripen
O Minitério Público Federal decidiu reabrir um inquérito que apura suspeitas de corrupção na compra de caças suecos Gripen pela Força Aérea Brasileira. Os aviões foram adquiridos da empresa sueca SAAB, em outubro de 2014, ainda no primeiro mandato de Dilma Rousseff. Custaram R$ 4,748 bilhões. Deve-se a reabertura do caso ao surgimento de novos indícios de irregularidades, no âmbito da Operação Zelotes.
Os caças entraram no radar da Procuradoria da Republica, em Brasilia, por conta de suspeitas de superfaturamento. Em seis meses de investigação, não foram encontrados elementos que justificassem a abertura de ação judicial. Por isso, o processo descera ao arquivo em agosto de 2015. O arquivamento já havia sido inclusive homologado pela 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal, em outubro de 2015.
O desarquivamento do inquérito foi determinado pelo procurador da República Anselmo Henrique Cordeiro Lopes. Em seu despacho, datado de 1 de fevereiro, ele anota que tomou a decisão em virtude da "superveniência de novos indícios que colocam em dúvida a idoneidade da contratação da empresa SAAB".
O procurador menciona a descoberta, feita pela força-tarefa da Zelotes, de que o contrato firmado com SAAB pode não ter seguido apenas critérios técnicos. Suspeita-se da "influência indevida" exercida sobre autoridades brasileiras pelo lobista Mauro Marcondes e por sua mulher, Cristina Mautoni. Preso desde outubro de 2015, o casal já responde a uma ação penal no caso Zelotes.
Ao reabrir a apuração sobre os caças, o procurador Anselmo Henrique requisitou novas informações ao Ministério da Defesa e ao fabricante sueco. E solicitou à força-tarefa da Zelotes o compartilhamento dos documentos e informações que se referem ao caso. Será atendido. A investigação sobre os aviões militares corre na Divisão de Combate à Corrupção da Procuradoria da República no Distrito Federal.
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