Recife: PMDB de Jarbas deve disputar prefeitura
Afilhado político de Jarbas Vasconcelos, o deputado federal Raul Henry deve representar o PMDB na disputa pela prefeitura do Recife. Resistia à ideia. Mas já ensaia a meia volta.
"Eu estava realmente reticente em relação à candidatura. Mas hoje meu ânimo é o de ser candidato", disse Henry ao blog. Com isso, aprofunda-se a divisão do bloco oposicionista na capital pernambucana.
Há quatro postulantes da oposição na pista: Mendonça Filho (DEM), Raul Jungmann (PPS), Daniel Coelho (PSDB) e, agora, Henry (PMDB). É grande a chance de chegarem a junho, o mês das convenções partidárias, sem um acordo.
Sabe-se que na outra ponta haverá um candidato do PT. Não há, porém, definição quanto ao nome. O vírus da divisão ataca também a banda governista. João da Costa, o petista que comanda a prefeitura, deseja concorrer à reeleição.
O problema é que o PT federal e o aliado Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente do PSB, torcem o nariz para os planos reeleitorais de João da Costa.
Com as bênçãos de Lula, os adversários domésticos do prefeito tentam empinar o nome de outro petista: o deputado federal licenciado Maurício Rands, integrante do secretariado de Eduardo Campos.
Na opinião de Henry, compartilhada por Jarbas, mesmo atomizada a oposição vai colocar um de seus nomes no segundo turno. O quase-candidato Henry escora a "convicção" nas estatísticas da eleição municipal de 2008.
"Naquele ano, o Brasil crescia a 7%, Lula tinha 90% de popularidade em Pernambuco e João da Costa contava com o apoio de Eduardo Campos e do ex-prefeito João Paulo. Foi eleito com 51% dos votos."
"Juntos, Mendonça Filho e eu tivemos 41%. Somando outros candidatos, a oposição chegou a 49% em 2008. O cenário hoje é outro. A rejeição do prefeito do PT é grande, o país cresce menos e o sentimento que prevalece na cidade é o da mudança."
Henry conclui o raciocínio: "Se nós, da oposição, tivermos duas candidaturas, colocaremos uma no segundo turno. Se tivermos três ou quatro, colocamos do mesmo jeito."
Parte-se do pressuposto de que o candidato do PT, seja quem for, não vai obter no primeiro round os votos necessários para liquidar a fatura –50% mais um. Nessa hipótese, a oposição se reunificaria em torno do candidato que passasse ao segundo tempo.
O PMDB nacional já contabiliza a candidatura de Henry como um dado da realidade. O partido aparelha-se para lançar nomes próprios em 24 das 26 capitais em jogo. Recife está entre elas. Só ficaram de fora da lista Goiânia e Porto Alegre.
Na capital pernambucana, a legenda do vice-presidente Michel Temer não espera vencer a disputa. Dá-se de barato que, mesmo rachado, o PT é favorito. Porém, a despeito das divergências que separam Jarbas da direção, o PMDB federal torce em silêncio para que Henry vá ao segundo turno.
Hoje, o oposicionista mais bem posto no Recife é Mendonça Filho. Ex-governador, o postulante 'demo' amealha nas pesquisas algo entre 20% e 22% das intenções de voto, contra pouco mais de 30% atribuídos ao petê João da Costa.
O pemedebê Henry frequenta as sondagens com percentuais que variam de 10% a 12%, dependendo do cenário. O pepeésse Jungmann e o tucano Coelho oscilam entre 5% e 7%.
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