Em Curitiba, PT confirma a preferênca por Fruet
O PT de Curitiba deu o primeiro passo rumo a uma coligação com o ex-tucano Gustavo Fruet, o candidato do PDT à prefeitura da cidade. Favorável à aliança, o grupo do casal de ministros Paulo Bernardo (Comunicações) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil) prevaleceu numa disputa interna.
A decisão do PT será formalizada num encontro marcado para 27 e 28 de abril. Terão direito a voto 300 delegados. Em encontro realizado neste domingo (15), o diretório municipal definiu quem escolherá esses delegados.
Dois grupos mediram forças. Num deles, a turma que defende a coligação com o PDT de Fruet. Noutro, a banda que quebra lanças pela tese de que o PT deve lançar um candidato próprio à prefeitura da capital paranaense.
O primeiro grupo, integrado por Bernardo e Gleisi, obteve a maioria dos votos (57%): 1.093 contra 817. Com isso, os partidários da aliança com Fruet ganharam o direito de indicar a maioria dos delegados ao encontro do final do mês -172 nomes, contra 128 dos rivais.
Fruet apressou-se em divulgar um comentário. Embora cauteloso –"É importante lembrar que a aliança só sera confirmada no final do mês"– o ex-tucano celebrou a quase-aliança: "Recebo com muito respeito o resultado da eleição de hoje. Agradeço a todos os filiados e diretores do PT."
Para Fruet, o "processo de discussão interna" do PT curitibano "demonstra a maturidade do partido." De fato, os petistas pró-aliança vão precisar de muita "maturidade" para justificar a futura parceria.
Deputado federal do PSDB até 2010, Fruet notabilizou-se na Câmara pelos ataques ao governo Lula e ao PT. Na CPI dos Correios, que forneceu matéria prima para o processo do mensalão, foi um dos inquiridores mais argutos. Paulo Bernardo já começou a exercitar a língua.
Disse que Fruet "estava fazendo o seu papel." Como assim? "Não dá para imaginar que um jogador do Coritiba vá ajudar o Atlético a fazer gol. E tem mais, ele batia na gente, mas nós também batíamos nele. Nunca fomos de aliviar."
O ministro petista realçou que a união com o PDT em 2012 está amarrada ao apoio da legenda companheira a um candidato do PT ao governo do Paraná, em 2014. Bernardo não disse, mas todo mundo sabe que a candidata será Gleisi.
Ecoando o marido, Gleisi reforçou a defesa da inusitada junção política do 'Coritiba' com o 'Atlético'. Insinuou que essa história de lançar candidatos próprios apenas para marcar posição é coisa de um PT remoto.
"A candidatura própria era um instrumento para mostrar as ideias do partido à sociedade", disse a ministra. "Hoje, a população sabe exatamente o que o PT pensa ,como pensa e o que faz na economia e na área social."
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