Sistema eleitoral ‘gera improbidade’, diz ministro
Em discurso proferido nesta quinta (31), o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) culpou o sistema eleitoral pelo surto de improbidade que acomote os políticos brasileiros. Ele disse o seguinte:
"Esse sistema vai na direção contrária aos valores da Constituição Federal porque cria uma tal situação de promiscuidade no momento da captação dos recursos eleitorais que ela é geradora da improbidade, seja no momento da eleição, seja depois."
Cardozo falou no Seminário Nacional de Probidade Administrativa. Um evento organizado pelo CNJ para avaliar os efeitos da Lei de Improbidade, que completa aniversário de 20 anos de vigência.
Ex-deputado federal pelo PT de São Paulo, o ministro atribuiu a decisão de não se recandidatar à Câmara, em 2010, ao desconforto que sentia ao ter de pedir recursos a empresários para custear suas campanhas.
Defensor do financiamento público, Cardozo enfatizou: "Não se pode resolver o problema do nosso sistema eleitoral mexendo apenas em aspectos secundários. O financiamento eleitoral não pode permanecer como está."
Quem ouve o ministro fica tentado a inquirir aos seus botões: Quantas legislações já foram cometidas em nome do crime? Tomado pelas palavras, Cardozo parece considerar que o problema está na lei que tipifica os crimes, não nos crimionosos.
Por esse raciocínio, pode-se concluir que, ao anunciar os dez mandamentos, Moisés não fez senão oferecer ao pedaço delinquente da humanidade um conjunto de boas ideias. Ou, por outra, o profeta esqueceu de anotar abaixo: vale o escrito.
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