Delta entra com ‘pedido de recuperação judicial’
Numa derradeira tentativa de evitar a falência, a Delta Construções protocolou na Justiça do Rio um 'pedido de recuperação judicial'. Trata-se se uma providência prevista em lei. Ao recorrer ao expediente, a empresa reconhece que está à beira do abismo e requer a aprovação judicial de um cronograma para o pagamento de suas dívidas em condições que atenuem o risco de quebra.
Em nota, a Delta afirma que está sendo vítima de "bullying empresarial". Atribui o fenômeno ao envolvimento de "alguns de seus executivos em supostos atos ilícitos, que estão sendo investigados judicialmente" no inquérito do Cachoeiragate.
Na versão da empresa, em função das notícias que a engolfaram no escândalo da quadrilha de Carlinhos Cachoeira "várias administrações públicas estão deixando de honrar os pagamentos de obras já executadas." Daí o pedido de recuperação judicial.
Na petição, os advogados da Delta anotam que a situação da empresa tornou-se "insustentável, não restando outra alternativa senão a busca pela recuperação judicial". Na nota oficial, a campeã de obras do PAC acrescenta:
"Tomamos esta medida como parte de nossos esforços para garantir sucesso na execução e entrega das obras em andamento, que são de interesse public, e garantir a sustentabilidade da empresa em longo prazo."
Para sensibilizar a Justiça, a Delta apresenta-se como "responsável, direta ou indiretamente, pelo sustento de cerca de 80 mil famílias." Informa que não tem "dívidas trabalhistas, previdenciárias e tributárias." De resto, sustenta que "os ativos patrimoniais a receber são muito superiores à dívida atual com fornecedores e bancos."
A novidade vem à luz três dias depois de a J&F, holding que controla o frigorífico JBS, ter informado à praça que desistiu de comprar a Delta. Afora a ação levada à Justiça do Rio, a empreiteira de Fernando Cavendish aguarda por uma resposta do STF ao pedido de suspensão da quebra dos seus sigilos bancário, fiscal e telefônico, aprovada pela CPI do Cachoeira.
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