Humberto procura em SP apoio que foge em PE
Para impor Humberto Costa como seu candidato à prefeitura de Recife, Lula e o PT federal arrancaram o prefeito João da Costa da disputa na marra. Justificam o gesto com o pretexto de que brigam pela pacificação da legenda. Não se deram conta do óbvio: lutar pela paz é como matar pela sobrevivência da espécie.
Às voltas com uma agremiação trincada, Humberto foi a São Paulo nesta terça (12). Acompanhado do mandachuva Rui Falcão, encontrou-se com Lula. O ex-soberano lhe disse que o importante agora é conservar a unidade dos partidos que gravitam na órbita do PT em Recife. Comprometeu-se a participar da campanha do ungido.
Simultaneamente, o governador Eduardo Campos (PSB) –personagem que não perde por esperar, ganha— esboçou o rompimento. Principal aliado do PT na província, ele disse acreditar que o petismo perdeu as condições políticas de capitanear uma eleição em Recife. Pior: falta-lhe coesão para governar a cidade.
"Essa situação vivida por um partido importante da Frente Popular tira as condições do PT de liderar uma eleição e, mais, um processo de governo.", disse o governador. "Para liderar um governo é preciso ter união política na sua base." Eduardo ainda não saltou da canoa de Humberto, mas levou um pé para fora da encrenca.
"A primeira pergunta que tenho feito é: qual é a unidade política? Essa unidade é em torno de que projeto para a cidade? Já vi eleições com unidade e sem unidade. Já vi unidades verdadeiras e unidades não verdadeiras. Não queremos unidade a qualquer custo. Queremos algo que anime a cidade."
É certo que pelo dedo se conhece o gigante. Porém, se o PT bobear, o suporte de Lula pode revelar-se pequeno para o tamanho do desafio. Impossível, por ora, prever o futuro de Humberto. Mas ele parece cada vez menos estranho.
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