Recife: Oposição volta a cogitar candidato único

A decisão do governador pernambucano Eduardo Campos de romper com o PT e lançar um candidato do PSB à prefeitura de Recife fez acender uma luz amarela no painel de controle das legendas de oposição.

Antes, cada um com seu candidato, PMDB, DEM, PSDB e PPS acalentavam a esperança de que um de seus representantes seria levado pelo eleitor o um segundo turno contra o senador Humberto Costa, postulante do PT.

Agora, a oposição passou a recear que o segundo round acabe sendo travado entre Humberto, bem posto nas pesquisas, e Geraldo Júlio (PSB), o candidato que o governador fabricou na última hora e lançou na noite passada.

O primeiro efeito da novidade introduzida no tabuleiro por Eduardo foi a reativação da mesa de negociações dos partidos oposicionistas. Ressurgiu o debate sobre a hipótese de lançamento de uma candidatura única.

O ex-deputado Raul Jungmann, candidato do PPS, informou ao blog que foi marcada uma reunião para este sábado (23). Além do próprio Jungmann, já confirmaram presença os candidatos do PMDB, Raul Henry, e do DEM, Mendonça Filho. Afora os três, também o PSDB frequenta o noticiário com um nome próprio: Daniel Coelho.

Não é a primeira vez que a oposição tenta unificar-se. A negociação havia sido abandonada depois que os partidos decidiram comparecer às urnas separadamente. A diferença é que, agora, entrou no jogo a peça empinada por Eduardo, um governador cujos índices de popularidade roçam a casa dos 80%.