Sem Demóstenes, DEM lança um desconhecido advogado para concorrer à prefeitura de Goiânia
Em convenção realizada nesta segunda (25), o DEM de Goiás formalizou a candidatura de Rafael Rahif à prefeitura da capital, Goiânia. Trata-se de um advogado que jamais disputou eleições. Virou opção depois que Demóstenes Torres, favorito em todas as pesquisas, foi afogado pelo escândalo Cachoeira e teve de se desfiliar do DEM para não ser expulso.
Presidente do diretório do partido em Goiás, o deputado federal Ronaldo Caiado (foto) referiu-se a Rahif como uma espécie de Demóstenes pré-catarata: "É exatamente o que a sociedade clama mais do que nunca: ficha limpa, digno, honesto e competente."
Caiado falou à repórter Déborah Gouthier. Ela perguntou se a presença invisível de Carlinhos Cachoeira na cena goiana não irá condicionar a participação do DEM na disputa municipal. E Caiado: "Isso vai é nos credenciar."
Como assim? "…Problemas, falhas e acidentes todos os partidos podem sofrer. O diferencial que nós temos é exatamente dizer que todos foram afetados, mas o único que realmente teve uma atitude coerente com o seu discurso foi o Democratas. Os outros continuam dando guarida e varrendo para de baixo do tapete os que foram envolvidos no escândalo."
Na opinião de Caiado, ao livrar-se de Demóstenes o DEM credenciou-se para trombetear "sua disposição de fazer valer seus princípios." Sem mencionar o PSDB do governador Marcini Perillo e do deputado federal Carlos Leréia, também alcançados pela umidade do Cachoeiragate, Caiado acrescentou: "Vai ficar delicado para os outros partidos discutir isso, porque não se sentirão muito credenciados para dizer de ética e credibilidade."
Aliado tradicional do tucanato, o DEM empinou o nome do seu candidato à margem dos interesses do governador Perillo, cujo vice é o 'demo' José Eliton Júnior. Perguntou-se a Caiado se o partido deixará o condomínio partidário que dá suporte à gestão de Perillo. E ele: "Sou presidente de partido e não entendo esse discurso de base aliada. Cada partido tem seus nomes e autonomia política de disputa. Então, não sei raciocinar nessa compra de base para governar, não somos obrigados a marchar juntos. Uma coisa é governabilidade, outra coisa é campanha."
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