Lula falta a lançamento de programa de Haddad
A debilidade momentânea da saúde impediu Lula de dedicar-se à candidatura de Fernando '6%a 7%' Haddad com a prioridade que programara. Em boa medida, o PT credita a dificuldade do candidato em alçar voo nas pesquisas à ausência compulsória do padrinho. De modo que, autorizado pelos médicos a mergulhar na campanha, Lula tornou-se a principal urgência do petismo.
Pois bem. Nesta segunda (13), a despeito do salvo-conduto dos doutores, o grande líder faltou ao lançamento do programa de governo de Haddad, um dos marcos da fase inicial da campanha. A presença de Lula era anunciada desde a semana passada. Para viabilizá-la, chegou-se a adiar o evento. E nada. Ruim para o candidato, cuja lulodependência revelou-se maior do que o suspeitado inicialmente.
Haddad fez o que lhe restou. Minimizou o fato e seguiu adiante. Deu à luz o programa com críticas a José Serra. Esforça-se para substituir Celso Russomanno (PRTB) num papel que julga ser seu: o de contraponto do rival tucano nas pesquisas e, sobtretudo, no cardápio do eleitor paulistano.
O programa de Haddad recicla propostas esgrimidas pela candidata petista na disputa de 2008, Marta Suplicy, também ausente ao ato. Entre as novidades, sugere a extinção da taxa de inspeção veicular e a adoção de um programa de incentivos tributários capaz de vitaminar os investimentos na cidade.
No miolo da peça há um pacote de obras viárias. Coisa de R$ 20 bilhões. Aqui, um problema: Haddad conta com o caixa da prefeitura e também com o vir a ser de supostas liberações federais e estaduais.
A certa altura, promote-se até a ampliação das linhas do metrô. O diabo é que a Cia. Metropolitana de São Paulo, que administra as linhas, pertence ao Estado, não à prefeitura. Um Estado que é gerido pelo PSDB, não pelo PT.
Instado a explicar-se, Hadda disse: "Todo o tempo reclamam que o governo estadual não tem recurso municipal e federal. Eu estou dizendo que vou trazer recurso municipal e federal para o metrô, mas quero pactuar metas. Há estações que são imprescindíveis para São Paulo. Eu vou sentar com o governo estadual e dizer que estamos dispostos a trazer recursos para o transporte público."
Geraldo Alckmin, o governador tucano de São Paulo, deveria munir-se da delcaração de Haddad e requerer uma audiência a Dilma Rousseff. Se é verdade que o candidato a prefeito do PT tem poderes para abrir os cofres de Brasília para o metrô de São Paulo, por que o governador não seria atendido?
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