‘Os políticos me odeiam’, diz Joaquim Barbosa
A fama é um monstro insidioso. Quando sobe à cabeça devora o discernimento. Joaquim Barbosa, o relator do mensalão, passou a ser perseguido pela coisa. Foge dela como os réus dos seus votos.
Cultuado pelo rigor servido em fatias nas sessões do STF, Barbosa não dá um passo além do meio-fio sem a companhia da fama. Na noite de sábado, ela o assediou na festa de aniversário de uma amiga, em Brasília.
Convertido em centro das atenções, Barbosa viu o monstro materializar-se à sua frente numa insinuação de que poderia trocar a toga pela política. Exorcizou-o: "Eu não me empolgo com essa notoriedade. Os políticos me odeiam por isso."
Na véspera, numa solenidade realizada no STJ, o magistrado fora abordado por duas mulheres. Expressando-se pela boca de uma delas, o monstro chamara-o de "nosso herói". E Barbosa: "Que é isso, gente, sou só o barnabé do processo."
Aparentemente, o ministro conserva intacta a noção de que Justiça é a busca da Verdade, não da vaidade. Melhor assim. Na sua posição, o modo mais adequado de lidar com o cerco da fama é dando no pé.
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