Lembra do compromisso de baixar conta de luz?
Pois é, Dilma Rousseff prometera que o preço da energia elétrica cairia "no início de 2013". O consumidor residencial pagaria 16,2% a menos. O conta das indústrias viria com desconto de até 28%. Anunciado em rede de tevê na véspera do 7 de Setembro, o mimo foi formalizado cinco dias depois. Em novo discurso, Dilma dissera que o corte poderia ser muito maior.
Decorridos menos de três meses, aquilo tudo que fora vendido como certo tornou-se duvidoso. De cara, subiram no telhado os percentuais. O governo agora informa que a conta de luz deve cair, em média 16,7%. Sumiu aquela distinção que se fazia entre residências e indústrias.
O "início de 2013" de que falava Dilma foi empurrado para março. Quer dizer: Dilma prometera uma mercadoria que não estava em sua prateleira. O plano passava pela rediscussão de contratos firmados com concessionárias de energia. Alguns só vencem em 2017.
Algumas companhias sentiram o cheiro de prejuízo. Tomaram distância, por exemplo, as estatais elétricas de São Paulo, Minas, Paraná e Santa Catarina. É mais um desses casos de desentendimento entre o gogó e os fatos.
Desnecessário recordar que as elétricas paulista, mineira e paranaense estão sob os guarda-chuvas dos governos tucanos de Geraldo Alckmin, Antonio Anastasia e Beto Richa, respectivamente. Vivo, Garrincha diria que Dilma esqueceu de combinar com os russos.
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