Portos: Campos abre guerra contra MP de Dilma
Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidenciável do PSB, decidiu retirar das sombras a articulação que realiza contra a medida provisória 595, conhecida como MP dos Portos. Nesta segunda-feira, sob holofotes, Campos recebe em seu gabinete um grupo de dirigentes da Força Sindical –à frente o presidente da entidade, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP).
Paulinho da Força, como é conhecido o deputado, comanda no meio sindical um movimento contra a MP dos Portos. Faz isso sob a alegação de que as mudanças desejadas pelo governo prejudicam os portuários –sobretudo os avulsos, que trabalham sem vínculo empregatício. Ele vai a Recife a convite de Eduardo Campos, que planeja fazer uma declaração pública contra a proposta do Planalto.
Editada por Dilma Rousseff em 6 de dezembro do ano passado, a medida provisória tem o objetivo de azeitar o funcionamento dos portos. Para quê? Principamente para baratear os fretes marítimos e tornar mais eficientes as operações de carga e descarga de mercadorias. Numa palavra, o governo alega que é preciso potencializar a competitividade dos portos brasileiros.
Eduardo Campos torce o nariz para a MP de Dilma por avaliar que ela retira poderes dos governadores sobre os portos –no caso de Pernambuco, o Porto de Suape. Nessa versão, a medida provisória transfere o poder político e administrativo do setor portuário dos Estados para Brasília. O que mais irritou o governador foi a ausência de debate. Queixa-se de não ter sido ouvido.
Na semana passada, Campos reunira-se com seus operadores no Congresso para esboçar a estratégia do PSB para se contrapor à MP. Na reunião com Paulinho e a turma da Força, o neopresidenciável aproveita a encrenca para fazer média com o PDT, uma legenda que enxerga como potencial parceira em 2014.
– Serviço: aqui, a íntegra da MP dos Portos.
– Atualização feita às 18h47 desta segunda-feira (4): Como previsto, o governo reuniu-se com dirigentes da Força Sindical. Na saída, o deputado Paulinho informou que estabeleceu com Eduardo Campos uma parceria para se opor à medida provisória de Dilma.
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