Marina busca candidatura que inclua sua Rede
Após uma jornada de consultas que incluiu uma teleconferência com seis dezenas de aliados, Marina Silva sinalizou, em privado, o desejo de manter o seu projeto presidencial. Busca uma fórmula política que compatibilize a candidatura por outro partido com os interesses da sua Rede Sustentabilidade. Para ela, a despeito de não ter obtido o registro do TSE, a Rede já é um partido.
Em entrevista coletiva, Marina limitou-se a declarar que ainda está "em processo de decisão". Para se manter no jogo, ela precisa se registrar num partido até este sábado (5). E resolveu utilizar todo o tempo de que dispõe. Longe dos holofotes, um dos interlocutores da ex-senadora sinalizou o interesse de abrir negociação com o PPS, uma das legendas que se dispuseram a recepcionar Marina.
No início da noite, em contato informal, um dirigente do PPS foi alertado para a novidade. Espera-se que o encontro ocorra neste sábado (5). Se for confirmado, o interesse de Marina será correspondido. O PPS deseja abrigá-la. E se dispõe a tratar a Rede como uma força real, em vias de regularização.
Numa analogia histórica, a dificuldade de Marina é comparada à situação vivida pelos comunistas durante a ditadura militar. Empurrado para a ilegalidade, o PCB, partido que deu origem ao PPS, teve de alojar vários de seus militantes no velho MDB, hoje PMDB. Entre eles Roberto Freire, atual presidente do PPS.
De resto, o PPS já cedeu legenda a correligionários de Marina Silva. Um deles, Ricardo Yong, elegeu-se vereador em São Paulo nas eleições municipais do ano passado. No seu entendimento com Yong, a direção do PPS assumiu o compromisso de liberá-lo para se filiar à Rede assim que a legenda obtenha o seu registro. Optando pelo partido, Marina receberá o mesmo tratamento. Yong, a propósito, foi chamado a Brasília para participar dos entendimentos.
Para achegar-se ao PPS, Marina terá de superar uma diferença: a maioria dos deputados federais da legenda votou a favor do Código Florestal, projeto contra o qual Marina se mobilizou. Como atenuante há o fato de que Roberto Freire votou contra a proposta.
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