Sarney se irrita e Dilma corre para negar traição
O senador José Sarney (PMDB-AP) fez chegar ao Planalto sua irritação com a notícia segundo a qual Dilma Rousseff e Lula teriam decidido atraiçoá-lo, apoiando o desafeto Flávio Dino (PCdoB) na disputa pelo governo do Maranhão, em 2014. Com a rapidez de um raio, a presidente da República enviou à boca do palco seu pota-voz, Thomas Traumann.
Diferentemente do que foi noticiado, disse Traumann, "a conversa da presidenta Dilma Rousseff com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na semana passada, em Brasília, não tratou de preferências sobre a sucessão eleitoral no Maranhão". Ele tachou de "especulação" a conclusão de que "Lula e Dilma se afastam de Sarney no Maranhão". E arrematou: "Não existe interferência presidencial na eleição do Maranhão."
No exercício do seu segundo mandato, Roseana Sarney não poderá disputar o governo maranhense no ano que vem. Deve concorrer ao Senado. Para a poltrona de governador, o clã Sarney planeja patrocinar a candidatura de Luís Fernando Silva, atual secretário de Infraestrutura. Na dianteira das pesquisas, o rival Flávio Dino levaria a mão à taça caso se confirmasse o apoio de Dilma e Lula. Porém, a julgar pelo que disse o porta-voz Traumann, na divisão de poder do condomínio governista o Planalto continua sendo da cota do Sarney.
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