Corregedoria investiga omissão no caso Alstom
O Corregedor Nacional do Ministério Público, Alessandro Tramujas, instaurou nesta quarta-feira (30) uma "reclamação disciplinar" contra o procurador da República Rodrigo de Grandis (foto). Ele deseja apurar se o procurador cometeu irregularidades na condução do "Caso Alstom".
Um pedido de diligências feito em fevereiro de 2011 por autoridades da Suíça foi ignorado pela Procuradoria da República em São Paulo. Rodrigo de Grandis alegou que houve uma "falha administrativa". Segundo ele, o pedido "foi arquivado erroneamente em uma pasta de documentos auxiliares, quando deveria ser juntado ao processo de cooperação internacional".
Cansados de esperar pela colaboração brasileira, os procuradores da Suíça decidiram arquivar as investigações contra três suspeitos de distribuir propinas a funcionários públicos e políticos do PSDB (veja os detalhes na ilustração do rodapé).
O pedido da Suíça envolvia a inquirição de quatro suspeitos: os consultores Arthur Teixeira, Sérgio Teixeira e José Amaro Pinto Ramos, acusados de intermediar o pagamento de propinas da Alstom; e João Roberto Zaniboni, um ex-diretor de Operações da Cia. Paulista de Trens Metropolitanos, que recebeu US$ 836 mil (R$ 1,84 milhão) numa conta bancária aberta na Suíça.
Além dos interrogatórios, os procuradores suíços pediram uma análise da movimentação financeira dos suspeitos e uma operação de busca na casa de João Roberto Zaniboni, um personagem que atuou em todos os governos tucanos em São Paulo. Trabalhou sob Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.
O corregedor Nacional Alessandro Tramujas atua no âmbito do Conselho Nacional do Ministério Público. Sua primeira providência será enviar um ofício à Corregedoria da Procuradoria da República. Quer saber se o órgão abriu alguma investigação contra o procurador Rodrigo de Grandis.
A decisão do corregedor Tramujas foi tomada um dia depois de o procurador-geral da República Rodrigo Janot ter divulgado uma nota sobre o tema. No texto, Janot informou ter enviado ofício à Secretaria de Cooperação Jurídica Internacional do Ministério Público Federal, "para determinar o esclarecimento da suposta demora no cumprimento de pedido de cooperação jurídica" no caso Alstom.
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