Verba demais, eis o problema de Tarso Genro
O governo petista do Rio Grande do Sul confirma o brocardo segundo o qual o dinheiro não traz felicidade. "Nós estamos tendo um problema ao contrário", conta João Motta, o secretário de Planejamento da gestão Tarso Genro. O Estado recebe tanta verba federal que não consegue dar vazão à generosidade de um Planalto companheiro.
"O governador Tarso Genro gosta de dizer isso: nós estamos com dificuldade de gastar os emprésitmos que já contraímos. São vários empréstimos. Banco Mundial [com aval da União], BNDES, Proinveste e assim por diante. A máquina pública está, hoje, com dificuldade de operar recursos."
O assessor de Tarso Genro expôs o drama do "problema ao contrário" num fórum promovido pelo Estadão sobre a região Sul do país. Antes dele, manuseara o microfone o governador tucano do Paraná, Beto Richa, que acusa Brasília de discriminá-lo. Richa se queixa de que o Tesouro Nacional bloqueia empréstimos ao Paraná há quase dois anos. Coisa de R$ 3,9 bilhões. Ele é ecoado por sua equipe.
No Rio Grande do Sul, disse o auxiliar de Tarso Genro, dá-se o oposto: "Só em saneamento são R$ 4 bilhões. O Estado nunca viu tanto recurso para saneamento." A verba é do PAC. Quem libera é a Caixa Econômica Federal. Segundo João Motta, "a dificuldade é ter empresas para operar essa carteira inteira."
Há dois dias, Richa só aceitou participar de solenidade em que Dilma Rousseff anunciou a liberação de verbas para o metrô de Curitiba depois de obter do governo federal o compromisso de que o Tesouro levantará o dique que impôs ao Paraná. Ainda assim, a cerimônia com Dilma foi tensa.
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