Após falar com Dilma, Temer fica na articulação
Pressionado por caciques do PMDB a deixar a articulação política do governo, o vice-presidente Michel Temer decidiu manter o encargo sob sua responsabilidade. Já comunicou sua decisão a auxiliares. Fez isso depois de obter de Dilma Rousseff a garantia de que serão honrados os acordos que celebrou com congressistas que ajudaram o governo a aprovar no Legislativo as medidas do ajuste fiscal.
Temer conversou com Dilma na noite de quinta-feira. A presidente o chamou logo que aterrissou em Brasília, de volta dos Estados Unidos. Reuniram-se a sós por algum tempo. Em seguida, incorporou-se à conversa o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), para cuja mesa seguem os acertos firmados por Temer para premiar os aliados fieis ao governo com cargos e verbas orçamentárias.
Referendados os acertos, Temer volta-se na próxima semana para os dois desafios mais urgentes do governo. Um é a aprovação do projeto que eleva a tributação da folha salarial para cinco dezenas de setores da economia. Já passou pela Câmara. Mas falta votar no Senado.
O outro abacaxi que Temer se dispôs a ajudar a descarcar é o reajuste dos servidores do Judiciário. O Senado aprovou por unanimidade um aumento médio de 29,5%. Coisa escalonada. Que custará ao Tesouro, segundo cálculos oficiais, quase R$ 26 bilhões em quatro anos. Dilma vetará. Mas o governo precisa negociar um valor que o Tesouro consiga pagar.
As pressões da caciquia do PMDB sobre Temer não cessarão. Um pedaço da legenda enxerga na impopularidade de Dilma uma boa oportunidade para deflagrar o plano da candidatura presidencial própria em 2018. Ao dizer que fica, Temer esclarece que prefere ir devagar com o andor. Até quando? Um peemedebista do grupo de Temer responde assim: "Hoje, qualquer previsão com uma semana de antecedência é uma temeridade."
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