Dilma cogita entregar até pasta social ao PMDB
No início do segundo mandato, quando Dilma Rousseff imaginava ter a faca e o queijo na mão, ela se negou a entregar ao PMDB um ministério da área social. Nessa época, a presidente tramava esvaziar o seu maior parceiro, não prestigiá-lo. Hoje, com o impeachment a roçar-lhe a jugular, Dilma negocia uma reforma ministerial em condições adversas. Em tempos de ajuste fiscal, a Esplanada virou uma espécie de queijo 100% feito de buracos. E quem segura a faca agora é o PMDB.
Rendida às evidências, Dilma se dispõe a entregar, finalmente, uma pasta social ao PMDB. Encontra-se sobre a mesa o Ministério da Saúde. A presidente não exclui também a hipótese de confiar ao partido a outrora cobiçada pasta das Comunicações, cujo titular, o petista Ricardo Berzoini, será deslocado para a articulação política do Planalto. Diante de tanta esmola, os peemedebistas desconfiam.
Dilma parece guiar-se pela célebre frase do filósofo Ortega y Gasset: 'Yo soy yo y mi circunstancia y si no la salvo a ella no me salvo yo.' Fraca e minoritária no Congresso em pleno alvorecer do segundo mandato, a presidente se adapta às suas circunstâncias. Tendo prometido cortar dez de seus 39 ministérios, eliminará duas ou três pastinhas administradas pelo PMDB. E, numa tentativa de salvar a própria pele, oferece como compensação sua alma aos peemedebistas. Que hesitam em aceitar.
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