Líder do PMDB já se mexe para suceder Cunha
Poupado pelo governo e pela oposição, Eduardo Cunha enfrenta um adversário doméstico: Leonardo Picciani, líder da bancada de deputados federais do PMDB. Nesta quarta-feira (4), enquanto um manifestante fazia chover réplicas de dólar sobre a calva de Cunha, um preposto de Picciani conversava com o mensaleiro Valdemar Costa Neto para pedir o apoio do seu partido, o PR, à pretensão do líder peemedebista de ocupar a presidência da Câmara.
Estrela máxima do PR, Valdemar recebeu em Brasília Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa do Rio. Vem a ser o pai de Leonardo Picciani. Nas últimas semanas, dedica-se a ladrilhar o caminho do filho rumo à poltrona momentaneamente ocupada por Eduardo Cunha. A notícia sobre a visita do patriarca dos Picciani ao monarca do PR chegou aos ouvidos de Cunha. Que ficou enfurecido.
A fúria de Cunha é compreensível. O PR de Valdemar, seu aliado, ainda não o abandonou. Mas, ao deflagrar o debate sobre a sucessão na Câmara, os Picciani se comportam como parentes que acertam detalhes do funeral de um familiar que ainda respira. A movimentação deflagrada no interior do PMDB tende a despertar outras candidaturas à sucessão de Cunha, apressando-lhe a decomposição.
Antes de se avistar com Valdemar, Jorge Picciani acompanhara o filho num almoço servido na casa do deputado Fábio Ramalho (PM-MG). A pretexto de celebrar o aniversário de Leonardo Picciani, que completará 36 anos nesta sexta-feira (6), reuniu-se ao redor da mesa um grupo suprapartidário de deputados. Havia ainda a perspectiva de realização de um jantar com o mesmo propósito na casa de Júlio Lopes (PP-RJ). É como se parte dos colegas de Picciani já farejasse em Cunha um aroma de enxofre.
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