Pedido de impeachment feito pela OAB enfraquece ainda mais a tese do golpe
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Sob tumulto, o presidente da OAB, Claudio Lamachia, protocolou na Câmara um novo pedido de impeachment contra Dilma Rousseff. Com esse gesto, a entidade máxima dos advogados tornou ainda mais frágil a tese segundo a qual está em curso no Brasil uma tentativa de golpe. A OAB também foi signatária do pedido que resultou no expurgo de Fernando Collor da presidência da República, em 1992.
Pelo menos três ministros do STF —Cármen Lúcia, Dias Toffoli e o decado Celso de Mello— já declararam publicamente que o impeachment, respeitadas a Constituição e as regras, não é golpe. Ao formular seu próprio pedido, a OAB, que tem no respeito à legislação um dever de ofício, navega nas mesmas águas dos magistrados da Suprema Corte.
O ministro petista José Eduardo Cardozo, advogado-geral da União, esteve em reunião do Conselho Federal da OAB para tentar convencer a entidade a abandonar a ideia do pedido de impeachment. Sabia que a novidade debilitaria o discurso oficial.
Se o governo fosse um caminhão, Dilma mandaria gravar no para-choque a filosofia que resume a realidade a que foi reduzido o seu governo: "Não vai ter golpe." Mas é preciso levar em conta que nenhuma filosofia substitui o para-choque. Assim, o melhor a fazer é providenciar uma boa e consistente defesa.
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