Sustar nomeações para estatais é diversionismo
Michel Temer veio à boca do palco para anunciar que determinou a suspensão de todas as nomeações para diretorias e presidências de companhias estatais. Por quê? Vai aguardar que a Câmara aprove projeto de lei já referendado pelo Senado. Num dos artigos, a proposta condiciona as nomeações para estatais à qualificação técnica. Não é nada, não é nada a providência adotada pelo presidente interino não é nada mesmo. Trata-se de mero diversionismo.
Sem nenhuma lei nova, Temer fez o certo na Petrobras. Entregou a presidência a um executivo tarimbado, Pedro Parente, aceitando a pré-condição de blindar a estatal de influências políticas. E não haveria nova lei capaz de deter o erro que Temer cometeu na Caixa Econômica Federal. Ali, foi ao comando Gilberto Occhi. É um técnico de carreira. Mas traz na testa uma marca do Zorro: a indicação política do PP, partido do petrolão.
Temer não precisa de uma nova legislação para cercar-se de gestores honestos e com bom preparo técnico nas estatais. Se quiser ser tomado a sério, basta que o presidente interino convoque novamente os repórteres para anunciar que revogará a Lei da Selva. É com base nessa lei, por exemplo, que Renan Calheiros, o Tarzan do Senado, seleciona um novo presidente para a Eletrobras, mediante consultas ao Jim das Selvas José Sarney e ao índio chaiene Jáder Barbalho.
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